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Fahion And Other Teas

Um chá de moda e informação para os que correm com a atualidade. Um brinde! A fashion and news tea for the those who run with our times. Cheers!

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01
Jul23

HONEYBUSH || Recomendações para o fim de semana

Clara Cardoso

Oii, lindeusos! Como vocês estão?

Voltei com o nosso mais novo quadro,  recomendações para o fim de semana , e o chá homenageado de hoje é honeybush. 

Lembrando que as recomendações para o fim de semana de hoje estão divididas em série, filme, música e um poema. Vamos lá?

FILME: COMO SERIA SE...?

☆☆☆☆/5

Faz um tempo desde que assisti esse filme, isso para não dizer meses, no mínimo, mas decidi recomendá-lo hoje. Com Lili Reinhart como protagonista, no minuto que vi a estreia, sabia que tinha de dar uma oportunidade. Contudo, surpreendeu-me, não vou mentir. Não do género de ser o meu mais novo filme favorito ou uma obra-prima, mas é aquele tipo de filme levezinho que te acalma, conforta e relembra que a nossa cabeça nunca saiu do lugar, sabe?

A trama retrata a história de Natalie, que faz um teste de gravidez na noite da sua formatura e, nesse momento, duas direções totalmente diferentes abrem-se diante dela. Numa realidade, ela muda de cidade para focar na carreira, na outra, tem a oportunidade de formar uma família com o namorado. Qual será que vai acontecer? Bem, o filme não nos conta, mas nos permite assistir a todos os cenários que possivelmente aconteceriam em decorrência daquela noite. 
 

O que me fez gostar deste filme foi, definitivamente, o final e toda a abordagem para chegar nele. Acho que todas as pessoas que gostariam ou que alguma vez gostaram de prever o futuro ou tem uma lista de "e se'' devia assisti-lo. Sem contar que as atuações da Lili Reinhart, Aisha Dee, Danny Ramirez e Luke Wilson não decepcionam.

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SÉRIE: HEARTSTOPPER

 ☆☆☆☆☆/5

Vim recomendar logo antes que a segunda temporada saia, em agosto. Ai, Heartstopper... Adorei a série desde o primeiro episódio. Acho que esta é a combinação que faltava para o teu final de semana. Que delicadeza, sensibilidade, cuidado, carinho e responsabilidade ao falar de assuntos tão importantes, mas de uma forma leve e fluida da qual nunca vi. Sem contar que foi adaptada dos volumes dos livros da Alice Oseman!

A série acompanha Charlie, um menino gay assumido, recém-saído de um relacionamento nada bom. Nesse contexto, ele conhece Nick, o atleta de rugby popular da escola. A partir daí, o crush se instaura e eles passam a criar uma ligação especial. Além disso, também acompanhamos a história de outras personagens e como estas se cruzam através das suas relações e do quotidiano do qual estão inseridas.  Super recomendo. Finalmente um romance levezinho com direito a final feliz e diversidade para nos alegar! KKKKKK Obrigada, Netflix. Mal posso esperar a nova temporada!

 

MÚSICA: TEARS DRY ON THEIR OWN

Esse cover do início da carreira da Dua Lipa me pega muito!! Considerando que ela não tem lançado músicas recentemente após o álbum Future Nostalgia, resta aos fãs-raiz procurar os seus covers antigos e outros materiais que foram pouco divulgados. Ouvi essa música a semana inteira. A conjunção do talento da Amy Winehouse com a voz da Dua Lipa e do Gallant ficou perfeito.

POEMA: Para ser grande sê inteiro, de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa

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Só porque os 135 anos de Fernando Pessoa foram comemorados recentemente e porque o que é marcante não deve ser esquecido.

Espero que tenham gostado das recomedações, todas foram pensadas e com certeza vão completar o seu fim de semana E é claro, um honeybush cai super bem com todas elas kkkk :)

Beijos de luz e até o próximo post,

Clara Cardoso

 

12
Jun23

CHÁ ADOÇADO OU ABOBADO? | Origem do Bobo da Corte

Clara Cardoso

Oii, lindeusos! Como vocês estão?

Você já conheceu alguém bobo? Possivelmente sim e é ainda mais provável que já tenha sido considerado como um também. Bom, o post de hoje não traz conselhos, mas curiosidade histórica.

 Faça um chá abobado… quer dizer, adocicado e vem conhecer a origem do bobo da corte comigo!

Séculos antes da era cristã, há referências a bobos na Grécia e em Roma: bufões disformes e anões parecem ter sido empregados como amuletos, na crença de que a disformidade evitava o mau-olhado. As referências aos bufões reaparecem no século XII, tornando-se frequentes nos séculos XIV e XV, sobretudo na França.

Um bobo da corte ou tolo era, historicamente, um artista durante as eras medieval e renascentista membro da casa de um nobre ou monarca contratado para entreter os convidados.

Fol, disour, bufão, bourder, gestour ou, atualmente, bobo da corte. Esses termos descreviam artistas que diferiam em suas habilidades e performances, mas que compartilhavam muitas semelhanças em seus papéis como artistas cômicos para seu público.

Os bufões da Idade Média costumavam usar roupas de cores vivas e chapéus excêntricos em um padrão heterogêneo. Dotados de uma grande variedade de habilidades: as principais entre elas eram canto, música e narração de histórias , mas muitos também empregavam acrobacias, malabarismos, contos de piadas com trocadilhos, estereótipos e imitação e truques de mágica.

Contudo, nos séculos XIV e XV, o bobo fazia parte do grupo de artistas sustentados pelas cortes, junto com pintores, músicos e poetas. Alguns bobos da corte mais conhecidos são:

Triboulet, que serviu a Luís XII, 

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Stańczyk, das cortes dos reis poloneses Alexandre, Sigismundo, o Velho e Sigismundo Augusto,

 

e Kunz von der Rosenbufão de Maximiliano I, do Sacro Império Romano-Germânico.

Bom,  espero que tenham gostado da curiosidade histórica de hoje. 

Beijos de luz e até o próximo post,

Clara Cardoso



12
Jun23

RESPIRA OU A CHALEIRA PODE EXPLODIR | Quem foi François Vatel?

Clara Cardoso

Oii, lindeusos! Como vocês estão?

É exatamente o que vocês leram, respira ou a chaleira pode explodir… Por outras palavras, respira e não pira, porque hoje eu vou contar a história de François Vatel, e, por mais que tenha quem ache que nada se pode aprender com a História, essa curiosidade vai te mostrar o contrário. 

Apague o fogo e vamos lá?

François Vatel, foi um célebre cozinheiro, nascido em 1631 em Paris. Contudo, vindo de família humilde, original de Zurique, o seu nome era Fritz-Karl Watel, mas só foi passado para o francês depois da sua morte pela Marquesa de Sévigné, considerada como uma personalidade importante da alta sociedade francesa. 

Com 15 anos, Vatel começou a aprendizagem de confeiteiro com o padrinho do seu irmão. Chegou à corte aos 22 anos, ascendendo socialmente como auxiliar do cozinheiro Nicolas Fouquet:

Nicolas Fouquet.jpg

Coincidentemente, Fouquet era superintendente do Tesouro da França e homem mais rico nessa época, pelo que fazia da sua figura importante no seio da alta sociedade francesa, - guarda essa informação.

Em pouco tempo, o cozinheiro tomou o lugar de maître d'hôtel du Château de Vaux-le-Vicomte trabalhando no control das cozinhas, das compras dos alimentos, de todos os utensílios, como louças, talheres, peças de ouro e prata e fornecedores para os mesmos, por exemplo.

Château de Vaux-le-Vicomte.jpg

Vatel tinha por objetivo provar a Luís XIV, rei da França na altura e principal figura do absolutismo, que era melhor que o mestre da cozinha real. Numa das primeiras tentativas, no dia 17 de Agosto de 1661, Vatel organizou uma festa de grande esplendor para inaugurar o fim dos trabalhos no palácio de Vaux-le-Vicomte e recebeu em torno de 600 convidados da corte, a rainha mãe, Ana de Áustria e o monarca. Nos espetáculos utilizou as mais avançadas técnicas da época, com representações de peças de teatro, entre as quais Les Fâcheux ou Os Importunos, o primeiro comédia-ballet de Molière.

Essa grandiosa festa deixou Luis XIV ainda mais invejoso e suspeito e não trouxe sorte nenhuma a Fouquet. Três semanas depois, a 5 de Setembro de 1661, o rei ordenou que Fouquet fosse preso sob a acusação de conspiração, devido à tamanha exuberância e riqueza e, assim, morreu, preso e longe de tudo que construiu. Vatel, seu cozinheiro, esboçou uma revolta, mas foi solenemente ignorado pelos guardas. Antes que a ira real recaísse sobre ele também, se exilou na Inglaterra.

No mesmo ano, o rei decidiu construir o palácio de Versailles, justamente com os mesmos arquitetos do palácio de Fouquet. Coincidência? De alguma forma, a inveja que ele sentira de Fouquet serviu de emulação para que Luís viesse a se consagrar como o Rei-Sol, habitando um palácio esplendoroso, jamais visto na Europa. O rei pretendia que a corte desfrutasse de festas ainda mais luxuosas e grandiosas, de modo a que esquecessem de Vaux-le-Vicomte e Versailles fosse, além da morada do monarca, o seu símbolo de poder imensurável.

Imagem do Palácio de Versalhes

François Vatel voltou para a França dois anos depois e foi trabalhar como extraordinário "Mestre dos Prazeres e das Festividades" para Luís, Grande Condé, no Château de Chantilly e lá, Vatel batizou o seu creme com o nome do lugar. Condé encarrega então Vatel da maior tarefa de sua vida: promover três dias e três noites de festividades no castelo de Chantilly - com a presença do rei Luís XIV e toda a nobreza com 3.000 pessoas. Basiquinho, não? 

No 21 abril 1671 desfrutaram, com muita pompa e sumptuosidade, os espetáculos organizados por Vatel. O menu do banquete principal seria filé de linguado, anchovas, melão com presunto de Parma, lagosta com molho de camarão, pernil de carneiro, pato ao molho do vinho portugues Madeira e, de sobremesa, eclairs de morango.

Para as festividades, Vatel encomendou frutos do mar dos principais portos franceses. No entanto, justo naquela ocasião houve um grande atraso dos peixeiros. 

No dia do banquete, 23 de abril de 1671, Vatel surtou ao ver que o peixe não chegava. Soluçando, trancou-se no seu quarto, pegou o fatídico punhal e enterrou-o no coração. Quarenta e cinco minutos depois, os peixeiros bateram à porta do castelo com as encomendas.

76232.jpg

A caricatura acima retrata o suicídio de Vatel

CURIOSIDADES: 

- Essa história bizarra sobre o fim do cozinheiro inspirou o filme Vatel, Um Banquete Para o Rei, de 2000, além de ter atribuído a Vatel a alcunha de suicida da cozinha.

- É importante acentuar que é controversa a atribuição da criação do creme chantilly à Vatel. Os confeiteiros da Casa dos Médicis, os mestres de Florença, onde se fez renascer a arte da gastronomia, já batiam cremes com batedores e juntavam açúcar e aromas.

- Outras famosas criações de Vatel são o Arroz Condé (um bolo de arroz doce com frutas), o Purê Condé (feito com feijões vermelhos), a manteiga Colbert (preparada com glace de carne), o Linguado Colbert e as Chuletas de Porco Colbert, criados em homenagem a Juan Bautista Colbert, o conselheiro das finanças.

 

Bom,  espero que tenham gostado da curiosidade histórica de hoje. 

Beijos de luz e até o próximo post,

Clara Cardoso

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