Agosto lilás?? Nunca ouvi falar...
Oii, angels!! Como vocês estão??
Portanto, no post de hoje falarei sobre uma campanha ainda não muito comentada, o Agosto Lilás. Pois bem, ela foi criada em 2016 pela Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul. Seu objetivo é enfrentar todos os tipos de violência contra a mulher. Também busca divulgar a Lei Maria da Penha, que por sinal, faz aniversário exatamente no mesmo mês.
Mas afinal, será que só existe um tipo de violência contra a mulher ????
Não! Existem ao todo, cinco tipos. Explicarei cada um abaixo. Se liga!
>Tipos de violência:
1. Violência física
--> Entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, isto é, espancamento, estrangulamento ou sufocamento, lesões com objetos perfurantes ou cortantes, tortura, feriminetos causados por armas de fogo ou queimaduras, atirar objetos, sacudir e apertar os braços.
2. Violência sexual
--> Qualquer conduta que obrigue a mulher a presenciar, a manter ou a paticipar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, ou uso da força. Apesar de ser normalmente associado ao estrupo, o termo violência sexual é muito mais amplo e abrange uma série de situações que as mulheres sofrem atualmente, seja com desconhecidos, parentes, namorados ou companheiros.
Ou seja, caso seu parceiro te obrigue a ter relações sexuais com ele e você não queira, por motivos de desconforto ou repulsa, é considerado estrupo. Assim como em: impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar, forçar matrimônio (casamento forçado), gravidez ou prostituição,por meio de chantagem, suborno, coação ou manupulação e limitar ou anular o exercício dos direitos reprodutivos da mulher.
3. Violência patrimonial:
--> Entendida como qualquer ação que configure subtração, retenção, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. Isto é, controlar o dinheiro, destruição de documentos pessoais, furto, dano ou extorsão, privar de bens, valores ou recursos econômicos, deixar de pagar pensão alimentícia e causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste.
4. Violência psicológica:
--> A Lei Maria da Penha classifica violência psicológica como qualquer conduta que cause dano emocional e à autoestima da mulher, que prejudiquem o seu pleno desenvolvimento, que vise degradar ou controlar suas ações comportamentos, crenças e decisões. O Instituto Maria da Penha lista algumas dessas condutas:
- Ameaças
- Constrangimento
- Humilhação
- Manipulação
- Isolamento (proibir de estudar e viajr ou de falar com amigos e parentes)
- Insultos
- Vigilância constante
- Perseguição contumaz
- Chantagem
- Exploração
- Ridicularização
- Tirar a liberdade de crença
- Distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre sua sanidade e memória (Gaslighting)
5. Violência moral:
--> Qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Nesse tópico, refiro-me a:
- Acusar a mulher de traição sem provas
- Emitir juízos morais sobre a conduta
- Expor a vida íntima
- Fazer críticas mentirosas
- Desvalorizar a vítima pelo seu modo de vestir
- Rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre sua índole
Agora, chegou a hora de mostrar os dados que serviram como motivação ao desenvolvimento da campanha. Vem comigo!!
Em 2016, 1 estrupo coletivo (isto é, violência sexual envolvendo dois ou mais agressores) ocorreu a cada 2 horas e meia no Brasil. Assim como, em 2017, 177 mulheres foram espancadas A CADA HORA no mesmo e o assédio virtual cresceu 26.000%.
Sabem qual quantas pessoas habitam no Equador ??? 16 milhões!! Foi exatamente o número -que tem-se registrado- de mulheres que sofreram algum tipo de violência no Brasil em 2018, ou seja, é como se a população inteira do país tivesse sido violentada. Isso é MUITO problemático!!!!
No mesmo ano, 536 mulheres levaram socos, empurrões ou chutes também no mesmo país, e não para por aí... Segundo estudos, os casos de feminicídio cresceram 41.4% no estado de São Paulo durante a pandemia do Covid-19. Além dessa pesquisa, especialistas compararam e destacaram que os casos de assassinato à mulher aumentou 22.2% entre Março e Abril deste ano, em 12 estados brasileiros, aumententando a vulnerabilidade das vítimas de violência doméstica.
Embora pareça que esses casos só estão a ocorrer apenas no Brasil, no Reino Unido, os telefonemas para o serviço nacional de denúncia contra abuso subiu 65% na última semana de Março, tal como nos Estados Unidos, na Austrália e na França, por exemplo.
Já em Portugal, houveram 503 feminicídios entre 2004 e 2018.
Foi comprovado nos últimos anos que 45% dos feminicídios sucedem por inconformismo dos homens com a eparação ou término de relacionamento, enquanto 30% são causados por causa de ciúmes, posse e machismo.
Mas então, será que não existe nenhum lugar seguro para as mulheres? Será que toda rua, cidade, estado, distrito e país é perigoso?? A resposta é não, afinal de contas, há países -considerados desenvolvidos- que são mais seguros e outros, cujo são mais perigosos.
A partir dos dados do site VIX, os cinco países mais perigosos para mulheres são: El Salvador, Colômbia, Guatemala, Rússia e Brasil.
Meu objetivo com todas essas informações, termos e definições é apresentar que essa campanha e o assunto-alvo da mesma, não são "mimimi' ou "modinha".
Se hoje temos mais voz, espaço e oportunidade para realizar campanhas como esta, é porque é fruto de toda luta e jornada de mihares de mulheres incríveis, como Maria da Penha, Marielle Franco e Dandara.
Bom, sei que me estendi bastante no post de hoje, mas de verdade senti necessidade, porque um assunto como esse, merece e deve ser compartilhado. Precisamos do feminismo!! Para finalizar, deixarei uma frase de Nina Simone que foi uma mulher com pensamentos revolucionários e feminstas e me inspira diariamente.
"Você tem que aprender a levantar-se da mesa quando o amor não estiver mais sendo servido."- Nina Simone
Beijos de luz e até o post de amanhã!
Ah, me contem abaixo o que estão achando do projeto #tododiaaté20, é sempre bom receber o feedback de vocês!